quinta-feira, 4 de março de 2010

Pequeno ensaio sobre salvação (3)



"Portanto dize aos filhos de Israel: Eu sou o SENHOR, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios..." Êx 6.6

Qual a intensidade do peso da modernidade em nossas vidas?

Como administrar a vida profissional, familiar, pessoal num mundo tão conturbado? Onde o tempo tornou-se escasso, com os dias cada vez menores em nossa percepção?

Ao olhar a existência humana, vemos que muitas das "profecias" advindas da revolução industrial acabaram por não se concretizar. Ao invés de, com a automação das linhas de produção, o tempo estar mais disponível, o que vimos foi o aumento da carga de trabalho. Cada vez menos temos tempo para a família, para um tempo a sós com o Senhor. Aliás, a palavra aqui traduzida como cargas -  סִבְלֹת - traz o sentido de "andar de arrasto, desgastar, trabalho árduo".  Exatamente o que percebemos na cultura moderna, contaminada pelo pecado: um achatamento da vida humana, fragmentada em suas esferas de responsabilidades. A realização agora acha-se atrelada a fatores externos, como um novo status social, um novo carro ou uma gorda conta bancária. Coisas lícitas sim, com certeza. Mas como meio, e não como fim em si próprias.

A mídia em geral apregoa esta tendência. Propagandas em geral seguem este raciocínio, transmitindo a imagem de bem estar e felicidade sempre em conjunto com um bem de consumo. Mesmo inconscientemente, nossas relações acabam por sofrer influências deste tipo de mensagem  - assim, o diálogo tem se resumido àquilo que posso obter do outro, ao invés de nos perguntarmos o que podemos dar ao próximo...

Mas a boa notícia é que a salvação propõe uma nova maneira de encarar a realidade. Uma transformação que brota de nosso interior, trazendo o devido valor aquilo que realmente a tem. Enfim, uma revolução no modo como vivemos!

Esta é a proposta do Reino: sermos libertos do peso e da escravidão de uma vida regida por uma cultura fragmentada, pragmática e experimentar as novas sensações de uma vida livre - para amar o próximo, percebendo seu devido valor, e a Deus - que nos criou para sermos livres e para amar.

Você aceita este convite?

No Messias, que nos livrou da morte, 

Daniel Ben Iossef


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