quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Refrigério no deserto (1)


Converteu o mar em terra seca; atravessaram o rio a pé; ali nos alegramos nele(Sl 66.6)
É notável o que se declara aqui :"atravessaram o rio" (situação em que só esperaríamos tremor, terror, angústia e desfalecimento) e "ali", diz o salmista, "nos alegramos nele".
Quantos crentes poderiam endossar isto como sua experiência : "ali", exatamente nos tempos de angústia e tristeza, eles têm sido, mais do que nunca, capacitados a triunfar e regozijar-se.
Quão perto se faz presente o Deus da aliança!E como se destacam as suas promessas!Nos dias da prosperidade não vemos bem as promessas, assim como não vemos as estrelas ao brilho do sol.Mas quando vem a noite, a noite profunda e escura do sofrimento, multidões de estrelas começaram a aparecer - são constelações que trazem esperança e consolação.
E como Jacó em Jaboque, é quando o sol se põe que vem a nós o Anjo divino e lutamos com Ele e prevalecemos.
Era à noite que Arão acendia as lâmpadas do santuário.É na noite da aflição que muitas vezes são acesas as lâmpadas mais brilhantes do crente.
Foi na solidão do exílio que João teve a gloriosa visão de seu Redentor.Temos muitas outras Patmos neste mundo, cujas lembraças mais belas são as da presença de Deus e do sustento de Sua graça e amor na solidão e tristeza.
Quantos peregrinos, passando ainda por estes mares Vermelhos e estes Jordões de aflição, poderão dizer, no retrospecto da eternidade - cheios de lembranças da grande bondade de Deus - palavras assim :"Atravessamos o rio a pé, ali - naquelas experiências escuras, com ondas surgindo por todos os lados, um abismo chamando outro abismo, o Jordão, como quando Israel o atravessou, transbordando ' por todas as suas ribanceiras' - ali nos alegramos nEle"!
Uma boa semana a todos!
Extraído do livro "Mananciais no deserto".

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