sábado, 10 de maio de 2008

A tempestade e a quietude.


“Passamos pelo fogo e pela água, mas trouxeste-nos a um lugar de abundância” (Sl 66.12).



Embora seja paradoxal, só conhece o descanso a pessoa que o obtém através do conflito.Esta paz, nascida do conflito, não é como o silêncio de morte que precede o temporal, mas sim, como a quietude serena que vem depois dele.

Geralmente não são as pessoas prósperas e que nunca sofreram que são fortes e têm paz.Sua estrutura nunca foi testada, e essas pessoas não sabem como irão se portar ante o mais leve choque.O marinheiro mais seguro não é o que jamais viu uma tempestade;este servirá apenas para serviços de bom tempo; mas quando um temporal se forma, vai para o posto importante o homem que já lutou contra a tempestade, que provou o barco, que lhe conhece a inteireza do casco, a estrutura dos cabos, as patas da âncora, capazes de agarrar-se aos fundos oceanos.

Quando a aflição nos atinge pela primeira vez, tudo cede terreno!As nossas esperanças, que à semelhança de gavinhas nos mantinham seguros, são arrancadas, e o coração se abate, como a parreira que a tempestade arrancou da latada.Mas, passado o primeiro choque, quando somos capazes de olhar para cima e dizer: “É o Senhor”, a fé levanta mais uma vez suas esperanças partidas e liga-nos fortemente aos pés de Deus.Assim, o fim é a confiança, segurança e paz.

Um bom fim de semana a todos!


Discernidor

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