terça-feira, 29 de dezembro de 2009
O dilema de um deus pequeno
“Então disse o Senhor a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido. E depressa se tem desviado do caminho que eu lhes tinha ordenado: fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e sacrificaram-lhe, e disseram: Estes são os teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito”. Êx 32.7,8
O momento supremo da revelação de Deus ao povo estava acontecendo. Israel estava acampado ao pé do monte Sinai, onde aguardava seu líder receber instruções do Senhor. Entretanto, a despeito de tudo o que Deus havia realizado na libertação do Egito, um sentimento de insatisfação começava a tomar conta de seus corações. Algo pequeno mas que cresceu com o tempo revelando-se na adoração do bezerro de ouro.
Mas o que teria motivado a construção de um ídolo?
Devemos ter em mente que aquelas pessoas haviam passado toda a sua vida debaixo da opressão da escravidão, vendo o modo como os egípcios se relacionavam com seus deuses - eram deuses de pedra, manufaturados pelas mãos dos sacerdotes do Egito. Assim, esta era a maneira como eles percebiam a relação entre o homem e seu “Deus”. Uma troca de favores do tipo "faça-isso-e-receba-aquilo", ou algum tipo de escambo de favores. Deste modo, determinava-se uma relação homem-deus de um modo onde o "deus"apenas era um servo, com poderes especiais e de algum modo "bipolar", com mudanças bruscas de humor, mas ainda assim, fazendo aquilo que era pedido ou determinado pelo povo. De algum modo, podia-se prever as ações daquele deus, baseando-se na compreenção de seu humor e vontade de favorecer ou não a colheita, por exemplo. Isso também entende-se por idolatria.
Mas o que é idolatria? Podemos compreender isto a partir da perspectiva de o homem ser maior que seu deus. De poder dar ordem a ele, e determinar o que fazer o não fazer. É relacionar-se com a divindade sem a necessidade de prestar contas de seus atos. Algo parecido como as estórias de gênios da lâmpada, que obedecem a seu amo.
Notamos no texto a ênfase que o Senhor dá ao descrever a situação do povo a Moisés: o “eu”. Eles se corromperam, desviaram-se do caminho e fizeram para si o ídolo. Aqui o sujeito da frase é o homem, e a sua vontade prevalecendo a despeito dos mandamentos dados a ele pelo Senhor. Algo perfeitamente natural na vida de todo aquele que se relaciona de alguma forma com um ídolo: quem sobressai é o seu "eu". Desenvolve-se então uma diálodo "eu-coisa", e não "eu-tu". O foco dos relacionamentos baseados em "eu-coisa" estão fundamentados nos benefícios obtidos a partir desta relação para o "eu", e não ao que se relaciona comigo. São diálogos egoístas, mesquinhos e trazem consigo uma percepção distorcida da realidade e do próximo, tratando-o e dando valor a ele na medida que sou beneficiado com tal relação. Quando então o outro não tem mais utilidade, é prontamente descartado.
Quantos se relacionam com Deus desta forma? Quando se prega uma mensagem do tipo "venha para Deus, e todos os SEUS sonhos se realizarão, ou SEUS problemas serão resolvidos" ( não que isso não aconteça - mas como consequencia, e não como finalidade) que tipo de "cristão"é gerado? Será alguém centrado no que pode dar aos outros e ao Reino de Seu Deus, ou alguém que busca resolver SUAS questões e depois saiu pelas portas do fundo da igreja ou passar o resto da vida esquentando um banco? De onde surgiram "cristãos" que oram e agradecem por propinas recebidas? Por um dinheiro ilícito como resultado de uma vida com Deus? Que Evangelho é este? Estamos em crescimento ou apenas estamos "inchando" a igreja? De nada adianta uma "cidade ganha prá Jesus", com a maioria de habitantes "crentes" se a criminalidade e os índices sociais despencam dia após dia. Onde estão o sal da terra e a luz deste mundo? Será que o Evangelho perdeu seu poder? Ou será o modo como apresentamos a mensagem dada pelo Messias, centrado no EU e não no próximo? O que Jesus ensinava a respeito disto?
A idolatria produz cegueira - vemos como rapidamente eles esqueceram das maravilhas operadas por Deus em seu meio, e tudo o que tinham em mente era dar vazão à necessidade de tocar naquilo que compreendiam como sendo a figura de Deus. A idolatria altera a maneria como percebemos a realidade ao nosso redor. E afeta profundamente a maneira como pregamos e vivemos esta mensagem.
Do mesmo modo, tudo aquilo que representa de alguma forma um ídolo em nossas vidas, diminuindo ou obstruindo nossa compreensão da natureza de Deus deve ser eliminado e quebrado, pois pode trazer como conseqüência o afastamento de Deus e a perda da Palavra - os dois pilares de sustentação na vida de qualquer homem.
Portanto, que possamos lançar por terra tudo aquilo que pode ter a dimensão de um ídolo, e adoremos somente ao verdadeiro Deus!
Naquele que toma os mares com a concha de Suas mãos,
Daniel Ben Iossef
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Espiritualidade e dinheiro
Shalom a todos!
Reproduzo abaixo um excelente texto do Igor, meu professor do curso de teologia.
Boa leitura!
"Em um mundo em que o poder financeiro é um ídolo, para uma pessoa que queira manter sua espiritualidade integrada com seu estilo de vida, é fundamental fazer uso de alguns princípios. Diferente do que muitos podem imaginar, não vou escrever sobre 10 passos para ficar milionário, 7 princípios para acumular tesouros ou 666 dólares para virar uma besta quadrada. O que proponho neste breve post é expor alguns princípios éticos, que pessoalmente adoto, para lidar com a dimensão financeira da vida sem tornar o "dinheiro" e o "consumo" ídolos.
Antes de tudo, digo princípios, pois diferente do que comumente ouve-se, o salvo procura uma vida de justiça, não para se justificar, pois a justificação dá-se pelos vínculos de fé com Cristo, e a salvação é exclusivamente por graça. Neste sentido, a teologia reformada é muito elucidativa.
Porém, o salvo continua no mundo e em constante conflito com os ídolos de seu tempo, sendo assim, a experiência da salvação traduz-se em missão ou na linguagem paulino-reformada, vocação.
A ideia de vocação tem raízes no "chamamento" de Israel, a teologia de Paulo é derivada de uma tradição anterior. A presença de uma nação livre da escravidão (Egito), envolveria algum tipo missão. A libertação não é só "de", mas principalmente "para". Este "para" fala de um "fim", de um "propósito", ou em grego um "télos".
A salvação é pela graça, mas a atuação do salvo, seu papel vocacional, envolve tornar-se "servo da justiça" (Rm 6), o que significa que a atuação do vocacionado pode ser iluminada pela lei, daí o conceito de teonomia* tão propalado por teólogos reformados, que pode ser definido como:
[...] Teonomia é a legislação inspirada por Deus, estabelecida em sua soberana lei da criação... A peculiaridade do Calvinismo é a ideia de que Deus é Senhor e o legislador de todos os homens. Esta ideia pode ser encontrada em Calvino, em sua percepção da vida cristã, quando disse: "nós somos propriedades de Deus, e não somos proprietários de nós mesmo", e "deixe a Sua vontade, então, ser a influência fundamental sobre todos os nossos atos"[...]**
O homem precisa abordar as coisas e o seres da criação segundo princípios da soberania de Deus. Uma relação desorientada, pode conduzi-lo a uma experiência de "apropriação" que é idólatra. A lei regula a relação do salvo com o mundo criado, ela evita o ascetismo, que priva o homem dos desafios das bençãos do mundo criado, mas também, o protege de um apego idólatra. A lei deixa claro, quem é criatura, criação e quem é o Criador. Este é um princípio ético do calvinismo muito próximo da abordagem dos judeus chassídicos da Europa no século XVII.
Então quais princípios "teonômicos" podem ser aplicados na relação do salvo com o dinheiro?
Segue uma sugestão, são princípios que me orientam neste sentido:
1) O dinheiro não pode se tornar um ídolo, Mamom não pode ter primazia sobre Cristo;
2) O dinheiro é meio e não fim;
3) O dinheiro deve prestar um serviço à vida humana e não um de-serviço, o que significa que brigas, discórdias, avareza e outros, não podem existir na vida de um cristão, se isso acontecer, o dinheiro é um ídolo a ser quebrado;
4) Imagine-se sem dinheiro, imagine-se lesado, se isto lhe causa algum desespero, ou passa pela cabeça abandonar a Deus por causa disso, o dinheiro é um ídolo, quebre-o;
5) Não é o dinheiro que te sustenta, mas Deus. Ele o fará como quiser, com dinheiro, com maná, com trabalho, como ele quiser.
6) Meu sustento não vem do meu trabalho, vem de Deus, que pode usar o trabalho para este fim;
7) Trabalhe porque é mandamento trabalhar, o trabalho é um culto, sendo assim o faça com diligência, criatividade e dedicação, o que vem não é resultado do trabalho, mas é graça de Deus. É mandamento "seis dias trabalharás"!
8) Não lide com o dinheiro como proprietário, mas como "gestor", "administrador", faça uso inteligente, mas lembre-se que a relação de "posse" é idólatra, o princípio bíblico é de "hospitalidade", tudo que desfrutamos de Deus é por "graça", a graça do anfitrião;
9) Não se encante com os produtos na vitrine, use roupas simples, compre um carro popular, ande de bicicleta, compre uma casa simples. Crie um equilíbrio entre "dignidade" e "modéstia". É possível viver uma vida de qualidade, com um bom café da manhã, sem ter o melhor carro, a melhor casa, etc. Economize!
10) Doe, seja generoso, doe sem limites. Dê o quanto o Senhor o mover para isso.
Esses são princípios que procuro viver, que regulam meu comportamento e minha forma de ver o mundo e as riquezas. Há outros princípios secundários, mas sem dúvida, se você elaborar uma lista de princípios você será iluminado com a "lei da liberdade" e não com a "autonomia" vendida pelo ocidente. Somente o salvo em Cristo pode desfrutar da liberdade da lei. Esses princípios poderiam ser recheados de referências bíblicas, mas nascem de um ethos judaico-cristão, de uma cosmovisão fundamentalmente monoteísta.
_____________
* Teonomia: Do grego theos (Deus) + nomos (lei).
** Geesink, William (1931) (in Dutch). Gereformeerde ethiek. Kampen. p. (pages unknown).
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Um acerto de contas...
“Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” Rm 8.29
Você já parou para pensar sobre o plano geral que o Senhor tem para sua vida? Já se perguntou a respeito do interesse do Pai em trabalhar, com paciência, em sua existência e em seu caráter?
No versículo acima, vemos que o Criador, em sua presciência, já conhecia a cada um de nós e assim planejou para que fôssemos conforme a imagem de Seu Filho. Mas o que seria, então, ser a imagem de Jesus?
Para entendermos este conceito, vamos um pouco mais além. Aprendemos anteriormente que a redenção operada por Jesus alcançou todas as esferas da vida humana, não se restringindo apenas a “salvação eterna”. Ela opera aqui e agora na restauração dos nossos relacionamentos, na maneira como lidamos com as adversidades, na perspectiva com que compreendemos o mundo. Portanto, à medida que a salvação opera em nós, vamos também voltando ao plano original de Deus, de sermos aqui na terra representantes de seu Reino, feitos conforme sua imagem e semelhança. E ser a imagem de Deus é ser um representante do Criador, estabelecendo Sua autoridade no mundo e sustentando Seus direitos como Senhor; ou seja, a criação teria no homem a figura da vida e do Senhorio de Deus. Vemos isso na vida em Jesus como representante do Pai na terra, afirmando que quem O via, via o Pai (Jo 12.45). Ele restabeleceu este principio perdido na queda do homem, disponibilizando-o a todos nós. E é nosso dever representar o Pai perante a criação.
Interessante porque a palavra usada no original para semelhança, no texto de Gênesis, é usada por Paulo ao escrever o versículo acima! Assim, é necessário avaliar o quanto, em nosso dia a dia, representamos o Reino, o quanto temos a imagem de Deus restaurada em nós.
Mas alguns pontos-chave precisam ser trabalhados em nós. Sabemos que não servimos a um Deus fragmentado, alheio ao cotidiano da vida humana, mas sim, a alguém que é tudo em todos. Como afirma Abraham Kuyper, importante estadista e teólogo holandês do século 19, “Não há um único centímetro quadrado em todos os domínios da existência humana sobre o qual Cristo, que é soberano sobre tudo, não clame: é meu!”. E importa que hoje avaliemos o quanto temos servido e vivido como inteiros, experimentando o processo de restauração de nossa identidade como filhos de Deus, ou o quanto ainda carregamos o fardo de uma vida fragmentada, alheia ao fluir da vida que brota da intimidade com o Pai. Pois é um processo natural para todo aquele que recebe o Reino experimentar a redenção da sua existência, a começar aqui e agora.
Anteriormente, vimos que Jacó havia saído de sua casa e rumado ao lugar indicado por seu pai. Ele atravessa o deserto, encontra-se com seu tio Labão, e ali a sua vida se desenvolve. Após muitos anos, Jacó recebe a ordem de Deus para retornar à terra de seus ancestrais, e algo interessante observamos no mandamento dado por Deus:
“Eu sou o Deus de Bet-El, onde Me erigiste um altar, onde Me fizeste uma promessa. Agora, levanta, sai desta terra, e volta à terra do teu nascer”. Gn 31.13
Deus ressalta um lugar específico em sua jornada, onde promessas foram feitas. Um marco onde o Pai havia marcado e mudado a história de Seu filho. Ali Jacó recebera a promessa de Deus (Gn 28), de ter a sua descendência como a areia do mar quando nem esposa ele ainda tinha! Ali ele tem a visão da escada que ligava a terra ao céu; ali sua vida mudava para sempre. E em seu processo de reconstrução de sua identidade, Deus tencionava aprofundar Seu tratamento com Jacó e, para isso, faz menção novamente ao altar.
O altar nos fala de sacrifício, de morte, de entrega. Onde o ego e a natureza carnal morrem, dando lugar a vida de Deus em nós. Procurações não têm validade; nós mesmos devemos encará-lo. Pois não há cura e restauração sem que passemos por ele. Não há acerto de contas sem altar.
À medida que se aproxima da terra de seus pais, ele recebe a noticia de que seu irmão Esaú vinha a seu encontro. E com quatrocentos homens! Certamente Jacó imaginou que aquele seria seu fim. Por isso, ele decide novamente “dar um jeito”, dividindo sua comitiva em duas, além de enviar presentes para que a ira de Esaú fosse aplacada. Como havia feito durante toda sua vida, novamente Jacó teria de sobreviver, a despeito das promessas de ajuda recebida da parte de Deus. Mas agora, Deus vai removendo suas “muletas”, para que pudesse aprender que a salvação vinha apenas do Senhor! Como sua angustia aumentava a cada instante, ele ora a Deus e faz menção das promessas recebidas. Finalmente, ele se encontra sozinho no Vau de Jaboque, onde tem um encontro face a face com Deus. Ali ele recebe uma marca, e só depois ele vai se encontrar com Esaú.
Vemos nesta situação Deus claramente agindo no sentido de tirar todo apoio de que Jacó poderia dispor. Suas posses, empregados e até sua família. Sua intenção era deixá-lo só, o que de fato aconteceu, de modo que pudesse trazer à tona seus medos e sofismas para tratá-los e curá-los. Jacó agora, mesmo lutando, aprendia que dali em diante ele não poderia mais viver usando de subterfúgios, mas da dependência de Deus para todas as coisas. Um novo tempo começara em sua vida.
Só então ele vê o milagre de Deus. Seu relacionamento com Esaú é restabelecido, e ele parte em direção à sua jornada, a terra de seus pais. Interessante o que a Palavra nos relata deste momento:
“E veio Jacó, íntegro (shalom), à cidade de Shechem, que está na terra de Canaà…E erigiu ali um altar e denominou-o: Deus , o Deus de Israel”. Gn 33.18-20
Interessante que, no texto original, a Palavra descreve o novo estado de Jacó como íntegro: shalom. A idéia da palavra shalom não é apenas paz, mas entrar num estado de integridade e unidade, de participar de um relacionamento restaurado; paz, prosperidade, bens, saúde, inteireza, segurança. A vida de Jacó nunca mais foi a mesma. Mais tarde, ele volta a Bet-El, e tem sua nova “identidade ”confirmada por Deus, depois de edificar novamente no lugar onde Deus lhe havia aparecido.
Portanto, não devemos temer o altar de Deus! Não devemos nos angustiar quando o Pai tira todo apoio que temos, e nos deixa vulneráveis, de modo que tudo o que há em nosso interior venha à tona, e Ele mesmo possa tratar. O caminho do altar é um caminho de solidão, de morte…mas seu fim é a vida! É ali onde acertamos nossas “contas” com Deus, e nos tornamos “inteiros”, para vivermos novos tempos de conquistas. É necessário que velhos hábitos sejam deixados de lado, a fim de que o novo venha a nós. Precisamos, agora, não apenas ter a shalom, mas ser a shalom!
Naquele que é o Sar Shalom, o príncipe da paz,
Daniel Ben Iossef
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Notícias apocalípticas!
Uma nota rápida, mas um assunto de suma importância:
"A Casa Branca instou Israel e palestinos nesta quinta-feira a fazerem mais para abrir o caminho a novas negociações de paz, depois que o presidente Barack Obama recebeu um relatório sobre o status dos esforços de paz dos Estados Unidos na região.
Obama está enviando ao Oriente Médio o diplomata George Mitchell, em uma última tentativa para reiniciar as negociações de paz paralisadas entre os dois lados, disse a Casa Branca em um comunicado."
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4057579-EI8141,00-EUA+pedem+a+Israel+e+palestinos+que+acelerem+os+esforcos+de+paz.html
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
O segredo dos ciclos
“E foi a vida de Sara cem anos, e vinte anos, e sete anos; este foram os anos da vida de Sara” Gn 23.1
Em uma versão mais próxima dos escritos originais, encontramos esta diferenciação entre os anos da vida de Sara, esposa de Abraão. Como sabemos que nenhuma palavra é colocada sem que haja um motivo, o que nos transmite esta diferenciação entre os anos de sua vida?
O relato bíblico nos mostra que seus cem anos foram como seus vinte. Que seus vinte anos foram como seus sete. E o que isso significa?
Que a vida de Sara foi formada por períodos. Que ela viveu seus cem anos da fase adulta como seus vinte anos de juventude, e que seus vinte anos de juventude foram como seus sete anos de infância. E ela nos ensina que todos nós devemos viver com intensidade o ciclo que estamos vivendo hoje. E isso é muito sério! Existem pessoas hoje indo à sepultura que estão ainda presas a situações da infância, do primeiro ano que freqüentou uma escola, de uma professora, de um colega... e já se passaram muitos anos do ocorrido!
A vida é formada de ciclos – seus cem anos foram como seus vinte anos, seus vinte anos foram como seus sete – e quando vivemos bem estas etapas, não teremos do que reclamar quando formos mais velhos. Como jovens não teremos do que reclamar de nossa infância; como adultos, não lamentaremos nossa juventude que passou, e já idosos, não iremos chorar um passado que nunca desaparece, que sempre nos acompanha. Infelizmente, existem pessoas que passam pelos ciclos e não percebem, sofrendo as conseqüências da imaturidade espiritual, emocional.
Por exemplo, vemos adolescentes buscando uma vida independente antes do tempo, querendo vivenciar situações que naturalmente experimentarão ao passar dos anos. Encontramos adultos presos ao passado, com suas vidas marcadas por posturas e atitudes infantis. Ou mesmo aqueles que, na terceira idade, sentem-se como crianças, sem um senso de realização advindo de uma vida adulta vivenciada. Portanto, encontramos pessoas que experimentam prisões na alma, enlaçadas a pessoas e situações há muito distantes no tempo. Pois mais que se esforcem para esquecer ou neguem o que há nos recônditos de sua alma, de tempos em tempos a memória floresce vívida em seus corações.
Duas atitudes são necessárias. Fechar as portas do passado, recebendo a verdade de Deus em nossos corações, em nossas almas e recebendo dele a cura de toda mágoa e ferida que porventura ainda estejam atados no coração, e viver intensamente cada ciclo em que nos encontramos. Não podemos negar a realidade que hoje nos cerca, mas podemos modificá-la se a nossa postura mudar – se entendermos que não podemos receber a plenitude de um novo ciclo enquanto estivermos presos em um período que naturalmente já se acabou.
Quando isso não ocorre de uma forma natural, normalmente observam-se aqueles que, a despeito de uma idade mais avançada, sentem-se ou agem como crianças pequenas. Em algum momento de suas vidas, algo ficou no meio do caminho. Talvez a falta de amor dos pais, ou a ausência da afirmação da identidade na adolescência. Seja qual for o motivo, uma parte da pessoa ficou para trás – presa a um período que já se foi. E precisamos reconhecer em nós se existe algo assim em nossas almas, de modo que possamos viver plenamente o ciclo em que nos encontramos hoje.
Este é o desafio: reconhecer o ciclo da vida em que estamos inseridos, e viver de acordo com a realidade deles. Devemos buscar a verdade do Senhor sobre cada período de nossas vidas, e substituir quaisquer mentiras e sofismas que estejam atuando como fortalezas em nossas mentes. Talvez não seja uma tarefa simples, mas com certeza, trará uma nova era em nossa vida.
Qual período você está vivendo hoje? Em qual ciclo se encontra? Existem ainda questões do passado mal-resolvidas, que precisam de uma intervenção divina?Seu passado tem impedido de viver o seu presente?
Viva o que o Senhor tem para você hoje...e amanhã, viva a novidade do dia que o Senhor trará!
Vivendo uma nova etapa,
Discernidor
Notícias apocalípticas!
O Polo Norte vai se tornar um mar aberto durante o verão no prazo de uma década, segundo dados divulgados hoje por um grupo de exploradores que pesquisaram o Ártico por três meses.
O grupo Catlin Arctic Survey, liderado pelo explorador Pen Hadow, mediu a espessura do gelo durante o trabalho realizado neste ano na parte norte do Mar de Beaufort, no Polo Norte. Suas descobertas mostraram que a maioria do gelo da região é gelo que deforma de um ano para outro, com profundidade de apenas 1,8 metro e que vai derreter no próximo verão. Tradicionalmente a região apresenta gelo mais espesso, acumulado em vários anos, que não derrete tão rapidamente. Reportagem da Agência Estado.
“Com a maior parte da região coberta por gelo que se forma de um ano para o outro, ela está claramente mais vulnerável”, disse o professor Peter Wadhams, que integra o Polar Ocean Physics Group da Universidade de Cambridge, que analisou os dados. “A área tem mais probabilidade de se tornar um mar aberto a cada verão, indicando a data potencial quando o gelo de verão do oceano tiver desaparecido completamente”.
Wadhams disse que os dados do Catlin Arctic Survey dão suporte a um novo consenso de que o Ártico não terá gelo de verão em 20 anos.
Matin Sommerkorn, do World Wildlife Fund (WWF) disse que o mar ártico tem uma posição central no sistema climático da Terra. “A perda de cobertura de gelo tem recentemente sido avaliada como algo que vai iniciar potentes respostas climáticas que terão impacto além do próprio Ártico”, disse ele. “Isso pode levar a enchentes que afetarão um quarto da população mundial, aumentos substanciais das emissões de gases do efeito estufa de grandes reservatórios de carbono e tornar mais extremas as mudanças climáticas globais”.
Nova rota
O aquecimento global elevou o interesse sobre a questão da soberania no Ártico, porque o encolhimento do gelo polar pode abrir uma fonte de desenvolvimento e novas rotas marítimas.
O rápido derretimento do gelo aumentou as especulações de que a passagem noroeste ligando os oceanos Atlântico e Pacífico pode um dia se tornar uma rota marítima regular.
O resultado da análise dos dados foi divulgado enquanto negociadores se preparam para um encontro em Copenhague para esboçarem um novo pacto climático.
EcoDebate, 15/10/2009
Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário do Portal EcoDebate
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Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2009/10/15/pesquisadores-estimam-que-o-gelo-de-verao-do-artico-desaparecera-em-10-anos/
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Evangelho e contra-cultura
Shalom!
Recebi uma mensagem do meu amigo Eric, e repasso a vocês....boa leitura!
"Não é a toa que o evangelho é um escândalo de qualquer ângulo que se olhe.
Para os judeus é o escândalo da transgressão de inúmeras leis que se cristalizaram na consciência como sendo uma verdade absoluta, transformando assim a vontade de Deus num sistema legal frio e perverso.
Já para os gregos, a ousadia está na sugestão de que o corpo humano, frágil, imperfeito e questionável, seria capaz de encarnar aquilo que consideravam ser o responsável pela harmonia e perfeição do universo: O Logos.
Com certa dose de sarcasmo por parte dAquele que É, antes de tudo se tornar, Deus nem mesmo leva em consideração a frieza da mente legalista dos Judeus nem tampouco a frivolidade da “sabedoria” grega.
O Evangelho de João simplesmente sai com uma tijolada na cabeça de ambos dizendo que no princípio o verbo que estava com Deus, Era DEUS e que esse Deus se fez carne.
Pronto. Blasfêmia, gritam os de Moisés. Loucura, dizem os de Sócrates. Assim, sem concordar ou considerar gregos ou troianos, quer dizer, judeus (hi hi hi ), O evangelho vira carne e sangue.
Jesus é a Palavra e a Palavra é Jesus. Que privilégio tiveram os primeiros discípulos, literalmente podiam abraçar a Palavra, beijá-la, andar com ela, servi-la... que honra !
É, mas ficar só honrando, honrando e honrando não é bem a proposta do Evangelho, pelo menos não no meu entendimento.
A encarnação do verbo, pra mim, foi o início de um processo de desafio, atrevimento e extravagância. Pois o Pai, não satisfeito com ter encarnado em Jesus, resolveu que iria continuar “encarnando” nos homens.
É essa a beleza e atrevimento desse processo extravagante, o que me deixa embasbacado com o amor de Deus. Podendo edificar para si mesmo palácios de dimensões pra lá de nababescas, esculpido com mármores, metais como ouro, cravejado de brilhantes... preferiu encarnar.
Sinceramente, se não fosse quem é eu diria: Tá louco ? mas não me atreveria quando se trata do Allmight !
Não há outro lugar onde Deus escolheu instalar o seu Reino senão no coração do homem. É assim, de dentro pra fora, que o Pai entendeu ser a melhor forma de re-configurar o software danificado pelo pecado.
Mas se engana quem pensa que a coisa é fácil. Além de ter que contar com o consentimento do homem, o processo é lento, longo, cansativo... Ufa !
Há muito lixo em nós (eu sabia que ia acabar tranformando o texto numa confissão) que precisa ser varrido pra fora.
Não vou ceder à tentação das listas intermináveis de maldades que nos habitam, mas uma coisa é certa, todos nós, temos muita coisa a mudar.
É por isso que o evangelho é um mergulho de dentro, para mais dentro ainda, na intenção de que cada vez mais fundo A Palavra se inscreva em nós, desalojando nossas irresoluções, enganos, máscaras, projeções e mentiras.
Dessa forma, o evangelho não deixa nada escondido. Tudo em nós fica exposto e toda a nossa feiúra é colocada diante de nós.
O Espírito do evangelho consiste em nos desnudar a nós mesmos. Não para os outros e nem tampouco desnudar “aos outros”.
Diante do espírito do evangelho de Jesus só temos 2 caminhos: Negar nossas doenças e viver sob o escafandro de ser um impostor, o que nesse caso trata-se de um suicídio parcial que nos permitiria permanecer na existência, sem porém, experimentar nem saber o que seja A Vida... Ou, aceitar nossa condição de PECADORES, (é isso mesmo, sem palavra bonitinha pra enfeitar) e nos rendemos ao amor do Pai que nos perdoa e transforma, a cada dia, quando andamos na verdade e sinceridade.
Queira Deus que a segunda opção seja a nossa escolha. Quando isso acontecer, veremos uma nova geração de gente mais tolerante, paciente e solidária. Interessada em estender as mãos, preocupada em acolher o necessitado, compreendendo as diferenças e limitações, não impondo, valorizando a vida em detrimento das coisas, não santificando coisas, rejeitando todo tipo de violência e covardia, amando com a intensidade que levou Jesus à cruz, só assim entenderemos o real significado da encarnação, tanto nEle, quanto em nós.
Quando é que isso acontecerá ? pode estar acontecendo agora, com você, pode ter acontecido há algum tempo, pode vir a acontecer daqui a 10 anos ou 10 minutos... não sei, pois não fui chamado pra julgar as arvores e sim a observar e discernir os frutos.
Conhece-te a ti mesmo...
Cuida de ti mesmo...
Ama... como a ti mesmo... "
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Toma teu leito e anda...
"Depois disto, havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
Ora, em Jerusalém há, próximo à Porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.
Nestes jazia grande multidão de enfermos: cegos, mancos e paralíticos, esperando (aguardando) o movimento das águas.
Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.
E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo.
E Jesus, vendo este deitado e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?
O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me meta no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma teu leito e anda." Jo 5.1-8
Shalom!
Encontramos aqui Jesus em uma situação muito peculiar...sim, não era a primeira vez que Ele encontrava um enfermo. Mas o que é sui generis é a atitude do paralítico. A mesma que muitas vezes nós temos.
Em primeiro lugar, Jesus se aproxima dele, e vendo a necessidade, pergunta:
Quers ficar são?
No texto original, em grego, a idéia que Mateus quer expressar é : tens o desejo de gerar/dar a luz à saúde integral?
Interessante...Jesus detecta a real necessidade daquele homem...e ao mesmo tempo, o traz para que participe do processo de cura. A palavra usada por saúde, ou cura, é hygios, que traz o conceito de uma cura integral, não apenas física. E Jesus realmente sabia do que estava falando. Observe a resposta do homem:
Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me meta no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. v.7
Impressionante! Jesus lhe oferece a cura, e tudo o que ele faz é reclamar da vida! E quantas vezes nós fazemos o mesmo?
- Senhor, não tenho ninguém que fale comigo da igreja, no trabalho....
- Senhor, não tenho ninguém que me entenda...
- Senhor, eu sou tão bom, mas coisas boas não acontecem comigo...
E Jesus ali, pronto a nos ajudar. Mas tudo o que lhe respondemos são nossas queixas, reclamações...e nào precebemos a cura que está à nossa disposição!
Jesus sabia que aquele homem precisava de algo além da cura física...ele precisava de uma cura emocional, espiritual - uma cura integral! E é exatamente isso o que Ele oferece! Mas observe...para que a cura se manifestasse, era necessário que a postura daquele homem fosse modificada. E por isso, Jesus lhe dá uma ordem:
- Levanta-te (egeiro), toma teu leito e anda (peripateo). v.8
Mais uma vez, vamos lê-lo conforme a idéia que o texto original quer mostrar:
"Desperta para a vida, retira o leito do teu caminho, e ande com uma nova conduta de vida!"
Aí sim , aquele homem entendeu o que Jesus estava propondo...e ele resolve parar de se queixar, e se levanta!
Quando ele mudou sua postura, recebeu a cura!
E é isso o que temos que fazer: mudar a nossa postura, parar de "lamber as nossas feridas"e andar! Viver!
A cura foi tão impactanteem sua vida, que mais tarde, ao ser questionado por um grupo de legalistas, ele não se senta para reclamar da vida, mas afirma com segurança: " Ele mandou eu levantar, e eu o fiz!" (paráfrase minha)!
Mais uma vez, impressionate!
E aqui, paramos para pensar...o que impede que agora, no momento em que você lê estas linhas....de levantar e andar?
De sair da doença...e andar em saúde?
De sair do conflito...e andar em paz?
De sair da pobreza...e andar em suficiência?
Toma o teu leito...e anda!
No Messias,
Daniel Ben Iossef
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Notícias apocalípticas!!!
Shalom!
Mais uma notícias fresquinha...estejamos preparados para o que ven por aí! Só para ressaltar - em Apocalipse 13, é mencionado uma forma global de compra e venda, onde ninguém ficará isento de estar sob ela. A não ser, claro, se recusar receber a tal "marca", que viabilizará o comércio...
Economia Internacional
ONU sugere moeda global no lugar do dólar para evitar crises
A reforma do sistema monetário e financeiro, com uma moeda internacional emitida por um banco central mundial, é a receita que oferece o órgão das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) com objetivo de evitar que se repita uma crise como a atual.
O secretário-geral da organização, Supachai Panitchpakdi, afirmou na última segunda-feira que "o predomínio do dólar como principal meio de pagamento internacional teve um papel importante na formação de desequilíbrios mundiais que desembocaram na crise financeira".
Por isso, a Unctad defende um sistema de taxas de câmbio aceito internacionalmente e baseado no princípio de porcentagens reais, constantes e sustentáveis para todos os países. Com isso se conseguiria colocar um freio à especulação, porque o principal fator desencadeante da especulação cambial é o diferencial de inflação e de taxas de juros.
Assim se evitariam as crises monetárias, porque desapareceria o principal incentivo para especular com moedas de países altamente inflacionários, e se poderiam prevenir desequilíbrios mundiais fundamentais e de longa duração, evitando que os países em desenvolvimento sejam apanhados pela dívida.
Também se poderia evitar a condicionalidade procíclica em caso de crise e se reduziria a necessidade de manter reservas internacionais. "A crise atual se deve ao predomínio das finanças sobre os setores produtivos da economia que geram a autêntica riqueza, o que foi possível graças à euforia suscitada pela eficiência do livre mercado", assinala a Unctad em seu relatório de 2009.
Como destacou Panitchpakdi, "nos Estados Unidos, a parte do Produto Interno Bruto (PIB) que corresponde ao setor financeiro aumentou de 5% para 8% entre 1983 e 2007, enquanto sua parte no total de lucros empresariais passou de 7,5% para 40%".
"As autoridades econômicas deveriam ter receado de um setor que aspira o tempo todo a lucros de dois dígitos em uma economia que cresce a um ritmo muito menor", acrescentou.
O relatório da organização diz que um sistema baseado em uma moeda nacional sempre dependerá das decisões de política monetária que adotam os bancos centrais que emitem essas moedas e que se adotam em função das necessidades e preferências da política nacional, e não em resposta às necessidades do sistema de pagamentos internacionais e da economia mundial.
E critica também que este sistema, em momentos de desequilíbrio da conta corrente, impõe toda a carga do ajuste aos países deficitários. "O Fundo Monetário Internacional (FMI) reforçou esse viés deflacionário ao impor políticas restritivas aos países deficitários como parte de suas condições para conceder empréstimos, em vez de exigir políticas mais expansivas aos países com excedentes", afirma o estudo.
Com informações da EFE.
Link: http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200909081251_RED_78369078&idtel=
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domingo, 6 de setembro de 2009
Caminhando rumo a conquista...
“Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei”. Gn 12.1
Em nossa vida nesta terra, todos nós precisamos andar, crescer, aumentar. Como aprendemos nos capítulos anteriores, o Criador determinou ao homem que crescesse, multiplicasse e dominasse sobre a terra. Aprendemos que esta ordem não foi revogada com a queda do primeiro casal, mas mesmo assim, muitos permanecem numa posição estática em suas vidas.
Quantos projetos ainda estão na gaveta, ou estão guardados apenas como um sonho? E porque muitas vezes não são colocados em prática?
No texto acima, vemos uma ordem dada por Deus a Abrão: Vá! Anda! É uma ordem que exige um passo de fé, de caminhar em direção ao alvo proposto pelo Senhor. Abrão tinha aqui uma vida estável, no meio de seus familiares, mas os mesmos habitavam em meio à idolatria (Js 24.2), o Senhor viu naquele homem o desejo sincero de conhecer verdadeiramente o Deus Criador. E em determinado momento, ele recebe esta palavra do Senhor, de abandonar tudo e sair do lugar em que estava, de sair de sua posição.
É interessante observar que Abrão é chamado “hebreu”. Este termo em hebraico significa “aquele que cruza, aquele que atravessa, chegando a uma outra margem”. Ou seja, este termo traz junto de si o conceito de mudança de localidade a fim de cumprir um propósito. É importante não só SAIR, mas CHEGAR. Se você iniciou algum curso, complete este curso. Se você entrou na faculdade, termine a faculdade. Este é o segredo! Porque se você começou algo e não terminou, você está na metade do caminho e não está sendo um hebreu! Hebreu não é sinônimo de judeu, mas sim, é de alguém que sai e chega. Deus quer que todos nós sejamos hebreus, que atravessemos as dificuldades e adversidades, e alcancemos o alvo que Ele propôs para cada um de nós.
Aqui também encontramos um principio poderoso, do qual já tratamos em capítulos anteriores: o livre-arbítrio. Afinal, Abrão poderia ter respondido: “porque eu tenho que sair? Porque abandonar Ur da caldéia? Eu não quero!” Preste atenção: a Bíblia não diz que ele ouviu uma voz audível – ele pode até ter ouvido, mas independentemente disso, sabemos que ele entendeu que Deus o estava chamando, mesmo sem conhecê-lo! Jesus também um dia teve que sair de Nazaré para salvar o mundo. Deus conta conosco para implantar seu Reino nesta terra. Ele dá a semente do trigo, por exemplo, mas somos nós quem a plantamos, colhemos e preparamos o pão para comer.
É necessário compreender algo: fomos chamados para sermos sócios de Deus! Sócios nos projetos que Ele tem em nossas vidas! Mas para isso, pode ser necessário sair da posição em que nos encontramos. E o Senhor faz este convite para nós HOJE!
Analisando a natureza do homem (espírito, alma e corpo), chegamos à conclusão de que muitos dos problemas enfrentados podem ser originados de distúrbios em algumas dessas três áreas. Devido à causas espirituais, pode haver opressão, confusão, ansiedade, inquietação, entre outros. Portanto, precisamos deixar fatos e fatores espirituais que oprimem nossas vidas. E isso é fruto de uma posição pessoal que cada um tem que tomar. Por exemplo, apesar de Jesus ter levado toda maldição na cruz, se eu não tomar posse, através de um posicionamento pessoal, posso continuar sofrendo os efeitos desta maldição, mesmo sendo salvo e membro regular de uma igreja. Jesus morreu pela humanidade, mas sabemos que nem todos estão salvos. Portanto, Deus nos chama hoje para sair da falta de fé, da insegurança, da dureza de coração.
E quais seriam as prisões da alma? Insegurança, inconstância, intolerância, rabugice, ressentimento, mágoa. Muitos perdem uma promoção, não se lançam em projetos que o próprio Deus colocou em seus corações por terem a alma prisioneira na timidez, na insegurança. Precisamos ter a nossa alma restaurada, onde a Palavra nos liberta de conceitos e sofismas que aprisionam a nossa vida. Estruturas de pensamento que nos levam para longe da vida do Reino. Todos nós precisamos ser libertos!
Deus disse a Abrão: “... sê tu uma bênção...”. A ênfase está no SER, e não no TER. Ter as coisas em nossas vidas torna-se, então, uma conseqüência de sermos a bênção. Afinal, se tenho algo, eu posso perder; mas seu sou algo, ninguém pode tirar isso!
Quem criou você? O Todo-Poderoso! Então...sai-te! Você só tem saúde se sair da enfermidade; só terá fé se sair da duvida; só terá paz se sair do conflito. E Deus quer impulsionar você a romper, a mudar de vida, a viver o Reino!
Naturalmente existe uma inércia que nos leva ao pecado, onde não tomamos uma posição, e as influencias externas nos levam a situações onde ficamos longe de Deus.
Mas a ordem hoje é enfática: VÁ!
Andando rumo ao alvo,
Daniel Ben Iossef
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
O caminho, a verdade e a vida.
“Eu lhes disse essas coisas para que, unidos a mim, vocês tenham paz. Neste mundo, vocês terão aflições (thlipsis). Mas sejam fortes! Eu venci o mundo!”. Jo 16.33
Shalom!
Todos nós passamos por situações de tempestades, tribulações.
O Evangelho em nenhum momento nos isenta disso. Pelo contrário, a tendência é que eles aumentem...mas a grande diferença é que agora nós sabemos como resolvê-los, pois temos a Palavra do Senhor para nortear as nossas vidas. Muitas vezes pensamos que o conhecimento do Reino nos isenta de adversidades, e nos lan;ca em uma vida fácil; nada mais longe da verdade!
Interessante observar aqui a palavra grega usada por Mateus para descrever de que tipo de aflição Jesus estava fazendo menção. Esta palavra significa opressão (por dificuldades internas e externas, aflição, tribulação, dificuldade, aperto).
Exatamente o tipo de opressão que a sociedade vive hoje. Gripe A, deficuldades financeiras, aumento da violência, degradação dos valores familiares...realmente são muitas coisas! E como permacecer inabalável, firme em meio a tudo isso?
Como então sair-se vitorioso, e manter-se inabalável em meio às adversidades?
Que tal come;carmos por aqui? O fundamento
“Eu sou o caminho (dérech), a verdade (emet) e a vida (hayim). Ninguém vem ao Pai senão por mim” Jo 14.6
Vejamos as palavras hebraicas usadas por Jesus:
dérech: comportamento, modo de vida., maneira, costume. O mesmo sentido da palavra hodos, usada aqui por João. Ou seja, a maneira como eu vivo o dia a dia – o caminho passa por aqui, e não por uma idéia, ou conceito (aqui entra a religiosidade).
Emet: verdade, fidelidade, confiança – idéia de firmeza, certeza, sustento no sentido de braços fortes que sustentam uma criança necessitada. O mesmo sentido da palavra alethés usada por João.
Hayim: vida, estar vivo – é a vida no que tem de melhor, é saúde, é vida sem fim. Aqui João usa zoe, que reflete o caráter qualitativo desta vida, a vida como um todo (física, intelectual e espiritual). Vai além do que conhecemos apenas como “vida espiritual”. Também é sinônimo de vida eterna. As outras palavras gregas para vida são biós e psiquê, só para lembrar.
Assim, aqui temos os passos para que o homem possa alcançar esta vida:
comportamento => fidelidade => vida integral (e também eterna).
Portanto, vemos que o processo da salvação da alma está ligado a este processo, pois a mente/psiquê precisa ser restaurada, através do arrependimento (metanoia – mudança de pensamentos e atitudes), e aí sim, eu começo a receber a vida zoe que flui de Deus.
Então, para enfrentar tudo isso, eu preciso estar unido ao Messias, viver este caminho, que me levará a uma verdade, que trará para mim a vida que flui dEle.
Existe apenas um caminho...e este caminho passa por Jesus! Não há outro!
O que me mantém firme é o fundamento. Ter um comportamento condizente com a minha fidelidade a Deus, e como consequencia natural, a vida plena (para agora) e eterna (para o futuro) chegará até mim.
Assim nos tornaremos a cada dia mais fortes para enfrentar qualquer situação – seja agora, sejam nos tempos difíceis que teremos pela frente, pois estamos a cada dia mais próximos da volta de Jesus. E o quadro que a Bíblia mostra é que serão “...tempos difíceis” Jd 1.18 ; 2Tm 3.1
Então...estejamos preparados!
Você já está?
No Messias,
Daniel Ben Iossef
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Notícias Apocalípticas!
Sufocado por vizinhos e secas, Eufrates está sumindo no Iraque
Retração do rio está castigando os agricultores e ameaça se transformar em fonte de tensão na região
Campbell Robertson
O Rio Eufrates está secando. Sufocado pelas políticas adotadas pelos vizinhos do Iraque, Turquia e Síria, por uma seca que já dura dois anos, e o mau aproveitamento da água pelo governo e agricultores iraquianos, o rio está significativamente mais raso do que era há alguns anos. Algumas autoridades temem que, em breve, o rio se torne a metade do que é hoje.
A retração do Eufrates - rio que foi tão crucial para o nascimento da civilização a ponto de o Apocalipse profetizar que ele secaria, sinalizando o fim dos tempos - está castigando os agricultores ao longo de suas margens, empobreceu os pescadores e vem esvaziando as cidades ribeirinhas, com a fuga dos camponeses para as grandes cidades em busca de trabalho.
Os pobres são os que mais sofrem, mas todas as camadas da sociedade sentem os efeitos disso: xeques, diplomatas e até membros do Parlamento que se retiram para suas fazendas após passar semanas em Bagdá.
TERRA ÁRIDA
Ao longo do rio, os campos de trigo e arroz transformaram-se em terra árida. Os canais definharam e agora são regatos pouco profundos, e os barcos de pesca estão encalhados na terra seca. As bombas destinadas a alimentar as usinas de tratamento de água balançam inutilmente sobre o charco escuro.
"Os velhos dizem que esta é a pior fase da qual se recordam", disse Sayid Diya, pescador de 34 anos em Hindiya, sentado num café ao lado de colegas sem trabalho. A seca está afetando todo o Iraque. A área de cultivo de trigo e cevada no norte teve uma redução de cerca de 95% e os pomares de árvores cítricas e tamareiras no leste do país estão secos.
Há dois anos as precipitações ficaram bem abaixo do normal, deixando os reservatórios secos. As autoridades americanas preveem que a produção de trigo e cevada será pouco mais da metade da safra de dois anos atrás.
Esta é uma crise que ameaça não só a terra entre os dois rios, mas as raízes da identidade iraquiana, de uma nação que já foi a maior exportadora de tâmaras do mundo, fornecia a cevada para fabricação da cerveja alemã e tinha orgulho patriótico do seu caro arroz âmbar.
Hoje o Iraque importa cada vez mais grãos. Os agricultores ao longo do Eufrates dizem, com raiva e desespero, que terão de abandonar o arroz âmbar e contentar-se com variedades mais baratas.
As secas não são raras no Iraque, mas nos últimos anos estão mais frequentes. No entanto, elas são parcialmente responsáveis pela redução do Eufrates e seu irmão mais saudável, o Rio Tigre.
Os culpados citados com mais frequência são os governos turco e sírio. O Iraque tem uma grande reserva de água, mas é um país a jusante desses rios. Há pelo menos sete represas no Eufrates na Turquia e na Síria, segundo os responsáveis pelos recursos hídricos do Iraque, e não há tratados nem acordos, por isso o governo iraquiano se vê obrigado a implorar por água junto a seus vizinhos.
Como o rio não mostra sinais de recuperação, o rancor por causa da água ameaça transformar-se numa fonte de tensão nos próximos meses ou anos entre o Iraque e seus vizinhos. Muitas autoridades americanas, turcas e mesmo iraquianas, ignorando as acusações que consideram uma posição típica de ano eleitoral, dizem que o problema real repousa nas políticas deploráveis adotadas pelo Iraque relativas a seus recursos hídricos.
Ao longo do rio, há muito ressentimento com relação aos turcos e sírios, mas os americanos, curdos, iranianos e o governo iraquiano, são todos responsabilizados. Segundo as autoridades, nada vai melhorar se o Iraque não reformular seriamente suas próprias políticas nessa área e sua equivocada administração da água. Canais com vazamento e práticas de irrigação com muito desperdício de água, além da pouca drenagem do solo deixa os campos tão salgados com a evaporação da água, que mulheres e crianças cavam enormes montes brancos de sal das piscinas que se formam com o escoamento da água.
Numa manhã escaldante em Diwaniya, Bashia Mohammed, de 60 anos, trabalhava numa piscina de drenagem recolhendo sal, única fonte de renda da sua família. "Hoje está tudo seco e ainda tem a água de esgoto. Eles cavam poços, mas às vezes o líquido não chega à superfície e temos de beber água do rio. Meus filhos estão doentes por causa da água", disse ela, referindo-se a um canal que jorra água do Eufrates.
Na região sudeste, onde o Eufrates se aproxima do fim da sua jornada de 2.780 quilômetros e se mistura com as águas menos salgadas do Tigre antes de desaguar no Golfo Pérsico, a situação é grave. As áreas que foram deliberadamente reinundadas em 2003, salvando a antiga cultura dos árabes do pântano, estão secando novamente.
Os agricultores, coletores de junco e criadores de búfalos continuam trabalhando, mas dizem que não poderão continuar se a situação não mudar. "O próximo inverno será nossa última chance", disse Hashem Hilead Shehi, agricultor de 73 anos que vive num vilarejo a oeste dos pântanos, completamente secos. "Se não conseguirmos plantar, as famílias terão de partir."
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090719/not_imp405008,0.php
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Você foi criado para resolver problemas!
“E os abençoou Deus e disse a eles Deus: frutifiquem, tornem-se numerosos [aumentem] e sejam plenos na terra, subjuguem [mantenham sob controle] e dominem os peixes das águas, e as aves dos céus e por sobre todos os animais que rastejam sobre a terra.” (Gn 1.28)
Shalom!
Você tem fugido dos problemas, ou os enfrentado e solucionado?
No texto acima citado, vemos que o plano original de Deus era que o homem, ao ser criado e colocado neste planeta, aumentasse sua descendência e que mantivesse sob controle a criação.
Interessante porque no texto acima o o ponto inicial do plano de Deus para o a vida do homem na Terra: aumentar (multiplicar-se), ser pleno e manter a criação sob controle.
Naturalmente, o h0mem começou a multiplicar-se...mas e quanto ao restante do plano?
O homem deveria, então, ser pleno sobre a face da terra. Ser pleno significa ter todas as áreas de sua vida cheias da presença e da plenitude de Deus. É a verdadeira prosperidade bíblica: uma boa vida financeira, um casamento saudável, filhos em sujeição, bons relacionamentos, uma vida espiritual madura, em intimidade com o Criador.
Subjugar, ou manter sob controle no original hebraico, se traduz em uma consciência de que o homem é parte do sistema bio-ecológico, e não apenas um observador neutro que interfere no processo natural sem que este sofra dano. Significa que é responsabilidade natural do homem de gerir os recusos naturais que lhe estão disponíveis.
Assim, qualquer que fosse a situação, o homem estaria apto a resolver e administrar todas as questões que envolvessem a criação de Deus. Vemos isso quando Deus coloca frente ao homem todos os animais criados, a fim de que estes fossem catalogados. E podemos aqui vislumbrar o caminho que Deus planejou para que o homem adquirisse o conhecimento natural das coisas – sendo um fiel mordomo do Senhor. E o próprio Criador iria passo apasso ensinar o homem a ser um bom administrador.
Este seria o caminho natural para que o homem fosse “pleno na terra, a subjugasse e a dominasse”. Mas a serpente ofereceu-lhe um outro caminho, um “atalho” que trazia junto de si um preço muito alto.
Sabemos que o preço da queda foi a vida do Filho de Deus, Jesus - que morreu por nós para que hoje possamos viver a plenitude do plano original do Criador - sermos bons administradores de tudo o que Deus criou.
E você, tem sido um bom administrador dos recursos que o Senhor lhe deu? Tem administrado bem seu casamento, seus relacionamentos, sua vida espiritual e suas finanças?
Que possamos buscar, dia a dia, a sabedoria (conhecimento) que vem do Alto, e sermos plenos em todas as áreas de nossas vidas.
Afinal, nascemos como administradores naturais, como imagem e semelhança do Criador. E é natural para o homem criar, assim como enfrentar situações adversas e sair-se vitorioso.
No Messias,
Daniel Ben Iossef
sábado, 18 de julho de 2009
Qual o seu preço?
1 Coríntios 6:20 Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a (são de) Deus.
Shalom!
Você já pensou em qual o preço, o quanto vale a sua vida?
E porque Jesus teve que pagar um preço por nós?
Muitas vezes, falamos e pregamos sobre este assunto sem termos a total compreensão do que aconteceu na cruz...e creio mesmo que nunca teremos a total compreensão! Mas sempre teremos algo a aprender sobre a morte de Jesus, e Seu sacrifício por nós.
Portanto, vamos voltar no tempo e acompanhar o que aconteceu no Éden, com o primeiro casal...
Gn 3.13 “E disse o Eterno Deus à mulher:” Que é isto que fizeste?”, e disse a mulher: “ A serpente enganou (nasha) a mim, e eu comi”.
Assim, nós vemos que havia um conhecimento natural para o primeiro casal, um conhecimento que ao longo do tempo que passassem com Deus, iriam adquirir. Haja vista que, sem papel, computador, arquivos...o primeiro homem catalogou TODOS os animais da terra, e lhe deu nomes, sem precisar de nenhuma anotação! Vemos aqui o alto grau de inteligência de Adão, e podemos vislumbrar o ponto inicial da jornada proposta pelo Eterno para o homem.
Mas em certa ocasião, Satanás começa a negociar com o casal, oferecendo uma forma mais rápida e independente de obter este conhecimento. Algo que ele poderia dar. Algo que não necessitava da vontade do Eterno, onde o homem usufruiria da “liberdade” de obter este conhecimento.
Esta maneira mais “fácil” tinha o seu preço...e obviamente, Adão e Eva não sabiam disso!
E quando a mulher fala que a serpente a enganou, ela usa a palavra “nasha”, em hebraico.
Esta palavra nasha tem dois sentidos. O primeiro é “iludir, enganar”, e o segundo é “emprestar a juros, emprestar com usura”. Assim, o montante de juros foi tão alto, que ficou praticamente impossível de o homem natural, agora afastado do Eterno, e com sua natureza agora “caída”, como a da serpente, poder pagá-lo.
Assim, neste verso, vemos como os dois sentidos estão profundamente ligados.O fato de ambos (homem e mulher) desobedecerem ao mandamento do Eterno e aceitarem o conhecimento do bem e do mal, através caminho mostrado pela serpente, fez com que adquirissem uma dívida que não podiam pagar.
Pois foi exatamente este preço que Jesus pagou por nós, na cruz!
Havia um alto preço por este conhecimento, pois a Bíblia diz que, ao estabelecer uma “parceria” com a serpente, esta lhes deu a sabedoria “terrena, animal e demoníaca” (Tg 3.15).
A Bíblia diz claramente que o diabo tem como características “matar, roubar e destruir” (João 10.10). E o homem, a partir do momento em que “comeu” daquilo que a serpente ofereceu, adquiriu também esta natureza de “matar, roubar e destruir”...e não é o que vemos hoje?
E o valor deste “preço” foi a vida e o sangue de Jesus, que rasgou a cédula que era contra nós (Cl 2.14 ; 1Co 6.20,7.23).
O sangue do Filho de Deus...
Portanto, que o Senhor possa nos dar, a cada dia, a real dimensão do que aconteceu no calvário, e que a cada dia, quando nos são ofertados tantas coisas que nos deixam longe do Senhor, que lembremos do preço que foi pago!
Você tem valor!
O valor da vida e da morte de Jesus!
No Messias,
Daniel Ben Iossef
terça-feira, 9 de junho de 2009
sóbrio???
"Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;" 1Pe 5.8
Shalom!
Como andar em nosso dia a dia?
É interessante pensar que temos um “adversário”...principalmente porque, graças a Deus, vivemos em um país aparentemente livre de “guerras civis”. Pelo menos, não assim reconhecida (tirando, claro, a guerra pelo tráfico hoje).
E se a Palavra diz que temos um adversário, isto independe de nossa crença, de nossa opinião e até mesmo de cremos em Deus! Mas ele está lá...
E a primeira coisa que aprendemos aqui neste versículo é o “modus vivendi” que devemos possuir – ANDAR SÓBRIOS!
Bom, quando pensamos em alguém embriagado, ou drogado, logo nos reportamos a algumas características:
- a pessoa fica fora de seu estado mental normal;
- ela perde seu senso de direção;
- ela perde o seu raciocínio lógico;
- ela tem sua capacidade de comunicação afetada;
- ela tem o seu convívio social e familiar afetados;
- ela perde a noção de sua verdadeira identidade, ou vive uma fantasia.
Poderíamos enumerar muitas outras coisas, mas estas já bastam para a nossa ilustração. Mas será que podemos andar como “embriagados” mesmo sem ter ingerido nada? Será que, como discípulos do Messias, podemos andar bêbados?
Vejamos...
- a pessoa fica fora de seu estado mental normal : quando estamos em uma depressão profunda, amargurados e vivendo fora da realidade;
- ela perde seu senso de direção : quando não sabemos para onde ir; pulamos de “igreja em igreja”, de culto em culto sem saber qual o caminho tomar, ou qual religião viver...
- ela perde o seu raciocínio lógico: quando vivemos e fazemos coisas que normalmente não faríamos. E depois sentimos o remorso por isso, não o arrependimento.
- ela tem sua capacidade de comunicação afetada: quando o casamento, a relação pai-filho fica comprometida por falta de palavras de amor, de afirmação....não entendemos o próximo, e por ninguém somos compreendidos. Se somos maledicentes, mentirosos...
- ela tem o seu convívio social e familiar afetados: quando a família é afetada, o casamento começa a ruir...
- ela perde a noção de sua verdadeira identidade, ou vive uma fantasia: quando perdemos a noção de quem somos, filhos amados de Deus. Ou vivemos além do que somos, ou aquém do que somos.
Assim, a primeira coisa que temos que analisar é se temos vivido como “bêbados” ou “sóbrios”. Se nossas atitudes se alinham com os preceitos da Palavra, se temos vivido uma vida equilibrada.
E só sendo sóbrio que posso então vigiar, pois tenho a minha mente sadia, e meu espírito conectado com a fonte da Vida: Jesus!
Além disso, aprendemos aqui o método pelo qual o adversário procura nos tragar: pelo nosso modo de vida.
Aprendemos isso quando, ao ler o texto original, encontramos a palavra grega “peripateo”, que foi traduzida por “andar em derredor”.
Exatamente como foi desde a queda do primeiro casal, o adversário procura em nossa própria vida, nosso comportamento, o necessário para nos destruir.
E o fato de sermos ou não destruídos depende exclusivamente de como vivemos nosso dia a dia: sóbrios ou embriagados com as coisas deste mundo.
E você...como tem andado???
No Messias,
Daniel Ben Iossef
sábado, 16 de maio de 2009
Sabemos orar???
“Não sabemos o que havemos de pedir como convém” Rm 8.26
Shalom a todos!
Vou repassar um texto maravilhoso, que li recentemente...creio que falará com vocês, como falou comigo...
“A maioria dos problemas que nos deixam perplexos me nossa experiência cristã não passa de resposta a orações nossas. Pedimos paciência, e o Pai nos manda aqueles que nos provam ao extremo; pois a “tribulação produz a paciência”.
Pedimos submissão, e Deus nos manda sofrimentos; pois aprendemos a obediência por aquilo que padecemos.
Pedimos para tirar de nós o egoísmo, e Deus nos dá oportunidades para nos sacrificarmos, pensando nos outros e dando a vida pelos irmãos.
Oramos pedindo força e humildade, e um mensageiro de Satanás vem afligir-nos até que ficamos prostrados no pó clamando para que ele seja afastado.
Oramos:”Senhor, aumenta a nossa fé”, e o dinheiro cria asas; ou as crianças ficam doentes; ou nos chega um tipo de prova que até agora desconhecido e que requer o exercício da fé numa situação que é nova para nós.
Oramos para ter a natureza do Cordeiro, e recebemos um quinhão de serviço humilde e insignificante, ou somos prejudicados sem que devamos pedir reparação; pois Ele “como cordeiro foi levado ao matadouro; e...não abriu a sua boca”.
Buscamos mansidão, eis que surge uma verdadeira tempestade de tentações para levar-nos à aspereza e irritabilidade. Desejamos um espírito quieto, e cada nervo do nosso corpo é esticado até a máxima tensão, a fim de que, olhando para Ele, possamos aprender que quando Ele nos aquieta, ninguém pode nos perturbar.
Pedimos amor, e Deus nos envia sofrimentos maiores e nos coloca junto a pessoas aparentemente desagradáveis, e deixa-as dizer coisas que nos irritam os nervos e magoam nosso coração; pois o amor é paciente, é benigno, o amor não se conduz inconvenientemente, não se exaspera. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha. Nós pedimos para ser semelhantes a Jesus, e a resposta é:”Provei-te na fornalha da aflição”.”Estará firme o teu coração”?”Estarão fortes as tuas mãos”?
O caminho para a paz e a vitória é aceitar cada circunstância, cada provação, como sendo diretamente proveniente da mão de um Pai de amor; é viver nos lugares celestiais, acima das nuvens, na presença do Trono, e contemplar, da Glória, o nosso lugar, como escolhido pelo amor divino”
Extraído da obra :”Mananciais no deserto”
sexta-feira, 1 de maio de 2009
O treinamento...
Shalom a todos!
Repasso um texto, que sempre falou muito comigo, e creio que falará com vocês também...
"Embora muitos tenham vindo de Elites, de grandes feitos de Guerra, tenham muitos títulos e um enorme currículo... muitos não passarão no Treinamento proposto. Porque ele não é somente espiritual, mas vai mexer com as emoções e o corpo. Muitos irão desistir! A maioria.
Sua força será tirada até a última gota de sangue. Seu “Lar” será um Campo de Treinamento de onde só os mais fortes vão sair; as necessidades diárias básicas e os afazeres dos seres humanos serão descartáveis. Somente os que foram verdadeiramente Eleitos ou Predestinados para o ministério conseguirão. Como sabemos? Estatística! E um fato histórico. A decisão é sua.
O que nunca foi pedido a ninguém, será pedido a você. A dor será sua aliada, o sofrimento, seu companheiro. Mas eles o manterão acordados. Com os olhos fitos no Alvo. Quem suportar a dor e o sofrimento será forjado.
Este treinamento não e para todos. Toquem o Sino e serão poupados.
Para isso, é preciso humildade e reconhecimento da verdadeira posição a que você se destina. Não discuta com o Destino.
Muitas vezes não haverá limite de tempo para o trabalho, e o tempo dos seres humanos normais não será levado em conta. Você viverá o que ninguém vive; não terá consolo de ninguém; praticamente nenhuma mão se estenderá para levantá-lo quando estiver prostrado. Não lhe darão credito, desprezarão o que não conhecem; e quando precisar de um ombro estará só. Porque faz parte aprender a estar só.
Só a fora do General, a força do Senhor dos Exércitos, pairará sobre você, sobre aqueles que Ele Elegeu e Predestinou. Quando chegar o tempo do descanso, enquanto os outros descansam e tiram férias ao sol, você continuara trabalhando! Seu treinamento durara dia e noite!
Os de fora do treinamento não o compreenderão, por isso será injustiçado e caluniado muitas vezes. As feridas que lhe serão causadas sararão... Mas deixarão marcas eternas. Que ninguém entenderá, e muito menos acreditará que elas existam.
Especialmente as mulheres... preparam-se! Seu treinamento será tão rigoroso, ou até mais, do que o dos homens. Algumas escondem por baixo da aparência frágil a determinação da Águia, a força do Urso, a coragem do Leão. E estas não serão poupadas em nada!
Quer desistir? Toque o sino!
O treinamento será tão duro que você terá a impressão da Guerra já ter começado... mas é só um “risco calculado”. Assim será, cada vez, mais intenso... Até se tornar real!
Na Guerra, dois é igual a Um; e um é nada! Aqueles que foram treinados como você – aqui ou em qualquer lugar do mundo, mesmo que agora sejam invisíveis – esses serão seus aliados, aqueles com quem você se tornará Um! Porque, como você, experimentaram... e passaram... e sabem exatamente o que estamos falando.
Durante o Treinamento, além de tudo o que ele exige de você, além de arrancar a sua pele, moldar o seu caráter e fortalecer o seu espírito... quando não lhe restar forças no corpo, na mente e na alma... que esperar dos homens que não sabem o que é isso?
Esbarrará em todo tipo de problema. Brigas por posição, corrupção, descrédito, mentiras, invejas, rancores e jogos de Poder. Discursos bonitos com palavras doces e suaves serão feitos para acusá-los e incriminá-lo por erros que não cometeu. Serão movidos por interesses humanos e diabólicos.
Enfrentará oposição de todo tipo. Dos inimigos e dos “Amigos”. Estará só!
Mesmo assim, o treinamento – por mais intenso e descomunal que seja - ainda tem bases controladas. Mas, quando tiver passado pela Formatura, e te mandarem para o front , então a Guerra será real! E te exigirá tudo que foi aprendido nos anos interiores, quando passou pelas agruras que a maioria desconhece.
Contará com os que foram, como você, provados no mais alto grau que o ser humano possa suportar, e terminaram aprovados. E com o General que te comissionou, e que jamais te abandonará. O Senhor dos Exércitos!
Então sua vida não fará mais parte desse mundo, pois seus olhos contemplarão o Alvo, somente o Alvo. E o impossível que se faz possível, pelo Poder sobre ti derramado, em Nome de Jesus, o Cristo!"
(As citações acima foram baseadas na obra cinematográfica "Até o limite da honra", de Ridley Scott - e extraído do livro "Rastros do Oculto" de Daniel Mastral".
sábado, 25 de abril de 2009
Notícias apocalípticas! (2)
Obama pressiona Israel por estado palestino
Por Matt Spetalnick WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos EUA, Barack Obama, pressionou na terça-feira o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a aceitar como meta a criação de um Estado palestino, e disse que ambas as partes deveriam "recuar do abismo".
Intensificando seus esforços diretos pela retomada do processo de paz, Obama reuniu-se com o rei Abdullah, da Jordânia, e convidou Netanyahu, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o presidente egípcio, Hosni Mubarak, para conversas em separado no começo de junho.
Ele aproveitou para reafirmar a Abdullah seu compromisso com uma solução com dois Estados no conflito israelo-palestino, apesar da relutância do novo governo direitista de Netanyahu em apoiar o eventual Estado palestino.
"O que temos de fazer é recuar do abismo", disse Obama a jornalistas após o encontro com Abdullah na Casa Branca.
O presidente demonstra um envolvimento maior com a questão do Oriente Médio do que seu antecessor George W. Bush, mas sua estratégia é complicada pela ascensão do governo de Netanyahu, que desde sua posse, no mês passado, evita reconhecer formalmente o direito palestino a um Estado independente, como fazia seu antecessor, Ehud Olmert.
Obama teve o cuidado de não confrontar Netanyahu diretamente, mas deixou claro que seu governo espera convencê-lo a aceitar o princípio de uma solução com dois Estados, que há anos é a base da política norte-americana na região.
"Eles terão de formular e eu acho que solidificar sua posição", disse Obama, alertando para a "urgência" em retomar o processo de paz.
"Concordo que não podemos conversar para sempre, que em algum ponto será preciso dar passos para que as pessoas vejam progressos no terreno. E isso será algo que esperamos que ocorra nos próximos meses", afirmou Obama.
Aumentando a pressão sobre Netanyahu, Obama acrescentou: "Sou um forte defensor de uma solução com dois Estados. Tenho articulado isso publicamente, e articularei reservadamente. E acho que há muitos israelenses que também acreditam em uma solução com dois Estados".
O envolvimento norte-americano na questão israelo-palestina é considerada parte essencial nas iniciativas de Obama para restaurar a imagem dos EUA no mundo, abalada pela guerra do Iraque e por outras políticas da era Bush.
Obama deixou claro também seu apoio a uma iniciativa de paz árabe de 2002 que busca uma "paz abrangente" entre Israel e todas as nações árabes, inclusive um Estado palestino.
Fonte: http://www.ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/04/21/obama+pressiona+israel+por+estado+palestino+5659020.html
Notícias apocalípticas! (1)
BAIXA ATIVIDADE DO SOL INTRIGA ASTRÔNOMOS!
O sol passa por um de seus períodos mais quietos por quase um século, praticamente sem manchas solares (explosões na atmosfera solar) e emitindo poucas chamas. A observação da estrela mais próxima da Terra está intrigando os astrônomos, que estão prestes a estudar novas imagens do sol captadas no espaço na Reunião Nacional de Astronomia do Reino Unido.
O sol normalmente passa por ciclos de atividade de 11 anos. Em seu pico, ele tem uma atmosfera efervescente que lança chamas e "pedaços" gasosos super quentes do tamanho de pequenos planetas. Depois deste pico, o astro normalmente passa por um período de calmaria.
Esperava-se que o sol voltasse a esquentar no ano passado depois de uma temporada de calmaria. Mas em vez disso, a pressão do vento solar chegou ao seu nível mais baixo em 50 anos, as emissões radiológicas são as mais baixas dos últimos 55 anos e as atividades mais baixas de manchas solares dos últimos 100 anos.
Segundo a professora Louise Hara, do University College London, as razões para isso não estão claras e não se sabe quando a atividade do sol vai voltar ao normal.
"Não há sinais de que ele esteja saindo deste período", disse ela à BBC News. "No momento, há artigos científicos sendo lançados que sugerem que ele vai entrar em um período normal de atividade em breve."
"Outros, no entanto, sugerem que ele vai passar por outro período de atividades mínimas - este é um grande debate no momento."
Mini era do gelo
Em meados do século 17, um período de calmaria - conhecido como Maunder Minimum - durou 70 anos, provocando uma "mini era do gelo".
Por isso, alguns especialistas sugeriram que um esfriamento semelhante do sol poderia compensar os efeitos das mudanças climáticas.
Mas, segundo o professor Mike Lockwood, da Universidade de Southhampton, isso não é tão simples assim.
"Quisera eu que o sol estivesse vindo a nosso favor, mas, infelizmente, os dados mostram que não é esse o caso", disse ele.
Lockwood foi um dos primeiros pesquisadores a mostrar que a atividade do sol vinha decrescendo gradualmente desde 1985, mas que, apesar disso, as temperaturas globais continuavam a subir.
"Se você olhar cuidadosamente as observações, está bem claro que o nível fundamental do sol alcançou seu pico em cerca de 1985 e o que estamos vendo é uma continuação da tendência para baixo (na atividade solar), que vem ocorrendo há cerca de duas décadas."
"Se o enfraquecimento do sol tivesse efeitos resfriadores, já teríamos visto isso a esta altura."
Meio termo
Análises de troncos de árvores e de camadas inferiores de gelo (que registram a história ambiental) sugerem que o sol está se acalmando depois de um pico incomum em sua atividade.
Lockwood acredita que, além do ciclo solar de 11 anos, há uma oscilação solar que dura centenas de anos.
Ele sugere que 1985 marcou o pico máximo deste ciclo de longo prazo e que o Maunder Minimum marcou seu ponto mais baixo.
Para ele, o sol agora volta a um meio termo depois de um período em que esteve praticamente no topo de suas atividades.
Dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) mostram que as temperaturas globais subiram em média 0,7°C desde o início do século 20.
As projeções do IPCC são de que o mundo vai continuar a esquentar, e a expectativa é de que as temperaturas aumentem entre 1,8°C e 4°C até o fim deste século.
Ninguém sabe ao certo como funciona o ciclo e altos e baixos na atividade solar, mas os astrônomos se veem, agora, graças a avanços tecnológicos, em uma posição privilegiada para estudar o astro-rei.
Segundo o professor Richard Harrison, do Laboratório Rutheford Appleton, em Oxfordshire, este período de quietude solar dá aos astrônomos uma oportunidade única.
"Isso é muito animador, porque como astrônomos nunca vimos nada assim em nossas vidas", disse ele.
"Temos uma sonda lá no alto para estudar o sol com detalhes fenomenais. Com esses telescópios podemos estudar esta atividade mínima de um modo que nunca fizemos no passado."
Fonte: http://www.ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/04/21/baixa+atividade+do+sol+intriga+astronomos+5653932.html
sábado, 18 de abril de 2009
O que farei para herdar a vida eterna?
"E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" Lc 10.25
Shalom!
O que faremos para herdar a vida eterna?
Esta é uma pergunta que tem permeado a cabeça de muitos, em todos os tempos, em todos os lugares deste canto da galáxia...
Mas a pergunta era sincera...mesmo que não quanto aos seus motivos primários, mas sim por ser algo que paira no coração de todos....VIDA ETERNA...
Mas observemos a resposta de Jesus: "Que está escrito na lei? Como lês?"
Jesus não censira aquele homem, mas vai no âmago da questão: "como você compreende o que lê na Torá do Senhor? Como você compreende a Palavra de Deus revelada?"
Vemos que o doutor da Lei respondeu corretamente: "E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo." (v.27)
E qual a resposta de Jesus?
FAZE ISTO E VIVERÁS! (v.28)
O que Jesus queria dizer?
VEja bem...Jesus não está discutindo a natureza teológica da salvação....afinal, realmente somos herdeiros da vida eterna. Ela nos é concedida pela graça de Deus, e não precisamos fazer nada para ganhá-la. É por fé!
Mas...
Aqui Jesus estava confrontando aquele homem quanto ao aspecto prática da Salvação: ATITUDE!
Aqui Jesus confronta a PASSIVIDADE e a APATIA daqueles que se dizem "herdeiros do Reino".
A para tal, Jesus conta uma parábola:
Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram (roubaram) e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
E semelhantemente (de igual modo) também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo.
33 Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão.
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele; (polo em cura)
E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar.
Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai e faze da mesma maneira.
O primeiro homem a passar pelo local é um sacerdote. Ou seja, alguém responsável por estar entre Deus e os homens. Muitas vezes pensamos que só o obreiro, ou o pastor, é um sacerdote...será?
1 Pe 1.9 : "...sois sacerdotes..."....isso é para mim e para você! Todo aquele que prega ou proclama viver o Evangelho é um sacerdote!Mas ele passa longe...
O segundo a presenciar o estado daquele homem foi um levita..alguem responsável pelo louvor e a adoração...alguém que supostamente teria uma profunda "intimidade" com Deus.
E o que este também faz?
Passa ao longe.....ignora quem lhe é próximo!
E o samaritano? Alguém rejeitado, em que não era atribuído valor algum...este sim, se compadece a trata daquele homem.
E é isso que o Senhor quer falar conosco...ATITUDE!
Temos vivodo apenas a teoria, ou a prática do amor?
O amor é prático....e quanto desta praticidade tem sido presente em nossas vidas?
Assim.....que possamos viver a praticidade do Evangelho, e não apenas experimentar mais uma "filosofia", porque o Evangelho é poder de Deus para transformar a vida de qualquer homem e mulher nesta Terra!
No Messias,
Daniel Ben Iossef
terça-feira, 31 de março de 2009
Não conhecemos o Evangelho...
Shalom a todos!
Li esta transcrição de uma pregação de Paul Washer, e gostaria de compartilhar com vocês para pensarmos e refletirmos!
Boa leitura!
O EVANGELHO DESCONHECIDO
. . Precisamos entender que o cristianismo nunca será amigo deste mundo. O cristianismo sustenta o único caminho de salvação para este mundo. Eles nunca serão amigos. O cristianismo nunca irá cumprir as exigências do mundo.
. . O que eu devo fazer hoje à noite? Eu vou fazer o que geralmente faço quando tenho apenas uma chance de pregar para um grupo de pessoas. Eu vou pregar o evangelho. Vou lhes apresentar o evangelho de Jesus Cristo. E muitos de vocês provavelmente dirão: "Por quê? Nós já sabemos disso". Não, vocês não sabem.
. . Vocês sabem sobre "4 leis espirituais" e "5 coisas que Deus quer que você saiba". E vocês sabem levar as pessoas tomarem decisões e confirmar a salvação delas, mesmo que Deus esteja a milhares de milhas de distância do que você está fazendo. Mas, provavelmente, você não sabe muito sobre o evangelho.
. . A maior necessidade da comunidade evangélica hoje é aprender sobre o evangelho de Jesus Cristo. Porque simplesmente examinando os sermões e vendo a técnicas e metodologias de crescimento de igreja e todas as outras coisas que vejo, eu só consigo chegar a apenas uma conclusão: Nós não conhecemos o evangelho de Jesus Cristo.
. . Veja o que temos feito:
. . Nós vamos a um homem e dizemos: “Você sabe que é um pecador?” Se ele disser "sim", nós vamos para a próxima pergunta. “Você gostaria de ir para o céu?” Se ele disser "sim", nós vamos para a próxima pergunta. “Você gostaria de pedir para Jesus Cristo entrar no seu coração?” Se ele disser "sim", e fizer aquela oração nós perguntamos a ele se ele foi sincero. E se ele disser "sim", de pronto já (na verdade a expressão usada é “papalmente” – eu tenho usado a tradução “de forma papal” o que você acha?) o declaramos nascido de novo.
Isto não é o evangelho de Jesus Cristo. E essa metodologia no evangelismo tem causado mais estrago neste país do que qualquer heresia introduzida por todas as seitas juntas.
Milhões de pessoas neste país cujas vidas nunca foram transformadas acreditam que elas são nascidas de novo, porque nós reduzimos tanto o evangelho de Jesus Cristo, que ele agora não significa nada mais que uma simples decisão que vai tomar apenas 5 minutos do seu tempo.
Vamos analisar (acho um termo melhor para a ocasião) isso por um momento: “Você sabe que é um pecador?” Se a pessoa disser “sim”, o que isso significa? Absolutamente nada! Vá perguntar ao diabo se ele sabe que ele é um pecador. Ele vai dizer “sim eu sou e sou muito bom nisso”.
. . A questão não é: “Você sabe que é um pecador?”. A questão é: “Desde que você tem ouvido a pregação do evangelho, Deus tem operado de tal forma em seu coração que o pecado que você amava você agora odeia?” Esta é a questão.
. . A questão não é: “Você gostaria de ir para o céu?” Todo mundo quer ir para o céu, eles só não querem que Deus esteja lá quando eles chegarem lá. A questão não é: “Você gostaria de ir para o céu?” A questão é: “Desde que o evangelho tem sido pregado a você, o Deus todo-poderoso tem feito uma obra soberana e sobrenatural em seu coração que o Deus que você odiava e ignorava você agora deseja e estima como digno acima de todas outras coisas.
. . E por último: “Você gostaria de fazer uma oração pedindo para Jesus entrar no seu coração?” Você será duramente pressionado a encontrar base bíblica para esta pergunta no Novo Testamento.
. . Você pode dizer: “Ah não, lá diz: receba Ele”. Você honestamente acha que quando a Bíblia fala de receber Cristo, ela está falando de balbuciar algum rito evangélico? Quando ela fala de receber Cristo, é através do arrependimento e fé. Não é recebê-Lo como algum acessório em sua vida, é recebê-Lo como o próprio sustentador da sua vida. Cristo não é algo que faz sua vida melhorar, Cristo é a sua vida! Ele é sua vida!
Jesus não veio e disse no evangelho de Marcos: “O tempo está cumprido e é chegado o reino de Deus, agora quem gostaria de orar me convidando para entrar em seu coração”. Ao invés disso Ele disse: “Arrependei-vos e crede no evangelho” (Marcos 1:15).
. . E não se esqueça que através de todo o ensino do Novo e do Velho Testamento, o arrependimento é evidenciado por frutos, pela maneira como alguém vive. A maioria das pessoas hoje acredita que são salvas porque elas estão confiando na sinceridade de suas decisões e não na obra de Cristo, nem no poder de Deus na salvação.
. . “Você é salvo?” “Sim”. “Como você sabe?” “Bem, três anos atrás eu orei pedindo para Jesus entrar no meu coração.” Sério? E quantos outros têm feito isso. A evidência da salvação, a evidência do arrependimento, a evidência da fé é uma vida transformada em contínua transformação.
. . Como você sabe que você se arrependeu para salvação anos atrás? É porque você continua a se arrepender hoje. Como você sabe que creu para a salvação anos atrás? É porque você continua crendo hoje. Como você sabe que Deus teve um encontro com você anos atrás? É porque Ele continua tendo um encontro com você. Através da obra da santificação, ele não apenas transformou sua vida, Ele ainda continua transformando sua vida.
. . O evangelho que pregamos hoje é um ritual. Sim, algumas pessoas foram salvas, mas não por causa de nossa pregação, na verdade a despeito dela. Deus ainda opera, embora não conheçamos o evangelho.
Não é uma mensagem entre muitas. É a mensagem das Escrituras e é a mensagem do Cristianismo. O mais triste é que não está sendo mais a mensagem da igreja na América. E eu posso te provar isso. Vá até as suas livrarias. Se pensarmos em 200 ou 300 anos atrás, nós veríamos que quando eles falavam do Cristianismo era sobre o evangelho. Os livros que foram escritos pelos “Spurgeons” (ele não se refere a Spurgeon, mas a pessoas como Spurgeon), pelos Puritanos, e pelos “Edwards” eram sobre o que é o evangelho, como podemos compreender o evangelho, como devemos pregar o evangelho, o que é verdadeira conversão, como realmente podemos saber quando as pessoas realmente nasceram de novo. Vá a algumas de suas livrarias evangélicas e tente achar algum livro que fale dessas coisas. Você não vai achar nada. Só há coisas como: “como fazer isso” e “dez passos para aquilo”.
. . Por que há tão pouco poder hoje? Porque não conhecemos o evangelho, porque não nos preocupamos com verdadeira conversão, porque não fazemos das coisas importantes algo realmente importante, mas nós as substituímos com o uso cômodo da mídia no culto, com certo tipo de música para deixar todo mundo no clima, com pregadores relâmpagos que nos falam tudo o que queremos ouvir para que tenhamos a nossa melhor vida agora, porque na verdade é isso o que queremos, mais do que Deus. Não há poder porque o evangelho está esquecido. Traga o evangelho de volta e você verá o poder de Deus se movendo sobre a vida de homens, mulheres e crianças. O evangelho simples".
Paul Washer
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