domingo, 27 de abril de 2008

Refrigério no deserto (4)


"Na verdade tenho também como perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor" Fp 3.8

Brilhar custa sempre alguma coisa.A luz só brilha às custas daquilo que a produz.Um avela não produz luz se não for acesa.Ela precisa arder para brilhar.Nós não podemos ser de grande utilidade para os outros sem que isso nos custe.Arder sugere sofrimento.E sempre nos retraímos à idéia de sofrer.

Somos inclinados a pensar que estamos fazendo o maior bem ao mundo, quando somos fortes e capazes para o dever ativo e quando temos o coração e as mãos cheios de bons serviços.

Quando somos chamados de parte e nos sobrevém o sofrimento, quando estamos doentes, quando estamos consumidos pela dor, quando todas as nossas atividades têm que ser deixadas, sentimos que não temos utilidade alguma, que nada estamos fazendo.

Mas, se formos pacientes e submissos, é quase certo que somos maior bênção para o mundo em nosso tempo de sofrimento e dor, do que nos dias em que pensávamos estar fazendo o máximo do nosso trabalho.Estamos ardendo, agora, e brilhando, porque estamos ardendo.

"A glória de amanhã tem suas raízes no sofrimento de hoje."

Muitos querem a glória sem a cruz, o brilho sem a queima; porém, antes da coroação vem a cricificação.Extraído do livro "Mananciais no Deserto".

Na paz de Cristo,

Discernidor

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